Por mais que o mundo atual, hiperconectado, disponibilize ininterruptamente oceanos de informações de diversos assuntos, inclusive sobre Cooperativismo, nada se compara à oportunidade de conhecer, in loco, as mais avançadas iniciativas e realizações cooperativistas do setor financeiro, apresentadas e comentadas pelos maiores expoentes mundiais no assunto.
O Programa de Intercâmbio Técnico Cooperativista Internacional, promovido pela Confebras – que é responsável pelo seu planejamento, organização, infraestrutura, atendimento, suporte e assistência aos participantes -, guia-se pelo aprimoramento contínuo, para atingir cada vez mais eficientemente o objetivo a que se propõe e, neste sentido, tanto busca alcançar e proporcionar o contato fundamentado e direto dos participantes com as mais recentes inovações que surgem no cenário do cooperativismo financeiro mundial, quanto leva em consideração as opiniões, experiências e expectativas deste público, exigente e seleto.
O Programa está em vigor há mais de uma década, promovendo viagens de intercâmbio técnico, já tendo envolvido um público total aproximado de 1.400 participantes, entre executivos, gestores, conselheiros, gerentes, consultores, assessores, técnicos, autoridades do setor, especialistas e estudiosos do Cooperativismo Financeiro.
E continua cada vez mais vigoroso e avançado, com a parceria de entidades internacionais sólidas como a alemã ADG, a britânica The Cooperative College, a canadense HEC, a Mondragon Corporacion, no País Basco, Espanha, e o Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito – WOCCU, nos Estados Unidos da América.
Os roteiros e programações estão em constante aprimoramentos, além da equipe responsável da Confebras ter o desafio de sempre buscar novas opções de viagens para outros países e para regiões específicas onde a experiência cooperativista de sucesso e a inovação são preciosa fonte de informação, atualização, conhecimento e networking.
Inicialmente o Programa de Intercâmbio tinha o Canadá como destino exclusivo e seu objetivo principal era apresentar aos participantes como funcionam, na prática, as bases do Cooperativismo de Alphonse Desjardins, modelado no formato de caixas populares de crédito. Em seguida, o programa se estendeu para a Europa – Espanha, Alemanha, Holanda e Inglaterra – onde estão os berços de importantes modelos cooperativistas, como por exemplo Raiffeisen e Schulze-Delitzsh, e onde também atuam com absoluta eficiência e modernidade os maiores bancos cooperativistas do planeta.
Mas a evolução do programa não parou por aí. E nem vai parar. Os Estados Unidos, e em especial o Vale do Silício, que é maior e mais importante ‘produtor’ mundial do desenvolvimento tecnológico, foram opções recentemente incluídas no programa de intercâmbio técnico cooperativista e já estão sendo oferecidas.
Independentemente de seu status no sistema cooperativista, conselheiros, executivos e gestores que já participaram do Programa de Intercâmbio da Confebras são unânimes quanto ao valor dos resultados que advém desta iniciativa e testemunham que ela transcende os aspectos técnicos e formais de atualização, formação e informação. As viagens promovem também o enriquecimento cultural dos participantes, apresentando-lhes o desenvolvimento, a dinâmica social e a cultura dos países visitados, possibilitando que a realidade cooperativista local seja conhecida de modo contextualizado, integrado e sistêmico, considerando tanto fatores históricos quanto o dia a dia daquelas sociedades.
Por tudo isso, não há dúvida de que o Programa de Intercâmbio é uma oportunidade ímpar de informação, conhecimento e atualização sobre o Cooperativismo Financeiro, bem como de enriquecimento cultural para todos que participam das viagens aos países que fazem parte dos diversos roteiros, além de elevar o nível de relacionamento e troca de experiências entre os participantes.
Neste contexto vale registrar o depoimento de Francisco Finamor, Presidente da Banricoop, que participou de viagem de intercâmbio à Alemanha, em outubro de 2017: “O intercâmbio possibilitou conhecimentos do sistema cooperativista alemão e sua estrutura de funcionamento. Percebi especialmente a preocupação com os marcos regulatórios e com a qualificação dos seus dirigentes. Foi uma experiência extraordinária que me ampliou a percepção de como funciona, de forma plena, um sistema de cooperativa de crédito naquele país.”
Para saber mais sobre o Programa de Intercâmbio Técnico Internacional da Confebras, acesse http://beecreative.be2back.com.br:6013/wwwroot/00_confebras/intercambio. Você vai ver que com esta iniciativa a Confederação oferece uma oportunidade fundamental para maior atualização, especialização, qualificação e enriquecimento técnico-cultural dos participantes deste programa e uma contribuição valiosa para a modernização e inovação das cooperativas financeiras e para o aprimoramento, desenvolvimento e fortalecimento do Sistema Nacional das Cooperativas de Crédito! Agora resta o desafio de estruturar um Programa de Intercâmbio juntos às cooperativas brasileiras, para disseminar as boas práticas e estreitar as distâncias que dificultam a intercooperação.
Kedson Macedo
Presidente na Confebras e Diretor Executivo na Cooperforte