Inovação no cooperativismo financeiro passa pela intercooperação, afirmam especialistas durante 5º Fórum Integrativo Confebras

Em um cenário de transformação digital cada vez mais rápida do setor financeiro, a intercooperação é o caminho para que as cooperativas de crédito se unam para acompanhar as inovações, aumentar a competitividade e se protegerem de riscos. A reflexão foi feita no painel “O valor da intercooperação: união de propósitos e conquistas”, realizado durante o 5º Fórum Integrativo Confebras, que ocorre em João Pessoa (PB). 

A conversa entre o gerente de Comunicação e Marketing da Sicredi Evolução, Elizomar Braga Filho, e o gerente executivo de Negócios e Relacionamento da Tecban, Marcelo Mafra, reuniu representantes de cooperativas financeiras de várias partes do país e destacou como as parcerias na área de inovação ampliam o impacto e a eficiência.

Braga Filho destacou que a intercooperação – um dos princípios do cooperativismo – é inerente ao trabalho das instituições do segmento e que essa colaboração tem se mostrado fundamental em um mercado cada vez mais competitivo. Segundo ele, a união de forças é capaz de criar um “muro de contenção” para sustentar o crescimento do cooperativismo de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN). 

“Na intercooperação, a gente apoia e é apoiado. Precisamos formar uma corrente de colaboração mútua. O sistema cooperativista será cada vez mais forte quando todos entenderem esse papel”, destacou. Para alcançar esses resultados, segundo o representante do Sicredi no painel, é preciso transformar o discurso em prática. “A intercooperação só funciona a partir da ação: usar produtos e serviços uns dos outros, compartilhar tecnologia, conhecimento e propósito”, completou.

Visão tecnológica

Mafra comparou o conceito de intercooperação ao de interoperabilidade, amplamente utilizado no setor tecnológico, que trata da capacidade de sistemas e organizações diferentes trabalharem juntos, compartilhando e utilizando informações de forma eficaz e segura. 

De acordo com o executivo – que atua na área de redes de autoatendimento para instituições financeiras – a atuação em conjunto gera benefícios coletivos e ganha ainda mais relevância diante das mudanças de comportamento dos consumidores em relação ao dinheiro. 

“O uso do dinheiro [físico] está caindo e isso impacta nos custos e na distribuição de numerário no país. Discutir a intercooperação de redes de autoatendimento, de forma global, entre cooperativas e com o ecossistema financeiro como um todo, traz benefícios tanto para o sistema quanto para os cooperados”, afirmou.

Futuro colaborativo

Ao final do painel, os palestrantes convergiram para a ideia de que a intercooperação – seja institucional ou tecnológica – é o caminho para consolidar o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) como protagonista da inclusão financeira e da inovação.

“O propósito do cooperativismo é comum. Quando compartilhamos tecnologia, conhecimento e experiências, fortalecemos todo o movimento”, concluiu Braga Filho. 

Evento estratégico 

Realizado pela Confebras, o 5º Fórum Integrativo tem patrocínio master do Sistema OCB e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e apoio institucional do Sicoob Central NE, Central Sicredi Nordeste e Banco Central do Brasil.

Alinhado ao Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o evento é um espaço estratégico de ideias para que profissionais, lideranças e gestores do cooperativismo financeiro se conectem para construir, juntos, o futuro do segmento.

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