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Dia Internacional da Mulher: cooperativismo financeiro tem maioria feminina e lideranças inspiradoras

Mais de 8,7 milhões de mulheres brasileiras confiam em uma cooperativa de crédito na hora de cuidar de suas vidas financeiras, guardar suas economias, gerenciar seus negócios, planejar investimentos. Do outro lado do balcão, 60,8 % dos colaboradores das cooperativas financeiras são mulheres, grandes responsáveis pelo atendimento direto nos 8,9 mil postos da rede de cooperativas em todo o país.

Muito além dos números, a participação feminina no cooperativismo financeiro revela histórias inspiradoras, como a da administradora catarinense Roberta Caldas. Em quase 18 anos no coop, ela passou de primeira colaboradora contratada à presidente do Conselho de Administração da Transpocred, uma das maiores cooperativas financeiras do Sul do país, em uma trajetória de dedicação e incentivo a outras mulheres.

Liderança feminina no coop 

Ter uma mulher pela primeira vez no posto mais alto da cooperativa é um marco histórico para a Transpocred e também para o cooperativismo financeiro brasileiro como um todo. Isso porque, apesar da expressiva participação feminina entre os cooperados e na força de trabalho, apenas 20% dos cargos de liderança nas cooperativas financeiras são ocupados por mulheres.

 

Quando a análise é feita por setores, nas diretorias executivas, o percentual de presença feminina é de 22%; nos conselhos de administração, de 14,9%; e nos conselhos fiscais a situação é um pouco melhor, com 25% de mulheres entre os representantes.

Ter uma mulher na liderança naturalmente cria um ambiente mais aberto e inspirador para outras mulheres. Há ambientes em que muitas vezes sou a única mulher, sei a importância de ser esta voz, de promover a valorização das mulheres. E percebo que os líderes do cooperativismo financeiro estão comprometidos em promover essa participação, em garantir a presença feminina em mais espaços, inclusive nas presidências das cooperativas”, afirma.

Segundo ela, a presença de mulheres em cargos de liderança agrega à gestão das cooperativas características naturalmente ligadas ao cooperativismo, como o cuidado com as pessoas e o relacionamento com a comunidade. “As mulheres são mais abertas ao aprendizado, mais acolhedoras, e conseguem promover um ambiente mais colaborativo; têm a capacidade de olhar para o outro, de equilibrar as responsabilidades. E tudo isso é muito positivo no ambiente corporativo e importante para os negócios”, pondera.

 

Impacto social 

Em quase 18 anos de cooperativismo, Roberta Caldas viu a prestação de serviços financeiros justos e de qualidade ajudar a transformar a realidade de muitas mulheres cooperadas da Transpocred.

 

Eu sempre digo que não tem como uma mulher conhecer o cooperativismo e não querer se associar a uma cooperativa. Nosso modelo de negócio tem impacto local e isso está diretamente ligado a apoiar as mulheres. Por exemplo: uma dona de casa que quer começar a trabalhar como autônoma, muitas vezes não tem acesso a crédito num banco, porque é vista como um perfil de risco. Na cooperativa, temos relacionamento, conhecemos a história dela, essa essência está no nosso DNA”, compara.

 

Em um país em que as mulheres são a maior parte da população, com 51,1%, e responsáveis pelo sustento da maioria dos lares, 50,8% segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inclusão financeira dessa parcela da sociedade é fundamental para o crescimento da economia e melhora da qualidade de vida.

 Além de maioria entre os chefes de família, as brasileiras também se destacam pelo empreendedorismo. De acordo com o Sebrae, elas já são mais de 10 milhões e representam mais de 34% dos pequenos negócios do país, número que coloca o Brasil entre os 10 países com maior percentual de empreendedorismo feminino.

E o cooperativismo financeiro está ao lado delas, seja na concessão de empréstimos com melhores condições, na oferta de soluções de pagamento para os negócios, e em outros serviços. Na Transpocred, por exemplo, uma linha de crédito especial beneficiou mulheres cooperadas da Coopmetro, uma cooperativa mineira de transporte de cargas. As duas coops desenvolveram um financiamento exclusivo para compra de vans por mulheres que queriam entrar no mercado de entregas rápidas, garantindo trabalho e renda para as cooperadas e suas famílias.

 

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