No Dia do Imigrante, celebrado em 25 de junho, a Confebras reverencia um importante personagem do Cooperativismo de Crédito brasileiro: Theodor Amstad. Padre suíço, ele veio ao Brasil para cuidar da vida religiosa de uma comunidade no interior do Rio Grande do Sul e, em meio a essa missão, acabou fundando a primeira cooperativa de crédito do Brasil e da América Latina. A Caixa de Economia e Empréstimos Amstad – agora chamada de Sicredi Pioneira – nasceu em 1902, em Linha Imperial, zona rural de Nova Petrópolis (RS).
Ao perceber que a comunidade onde havia se instalado passava por dificuldades, o padre Amstad se reuniu com um grupo de produtores rurais para criar uma cooperativa, seguindo o modelo alemão Raiffeisen, surgido em 1862. Sua premissa era dar respaldo aos agricultores pobres que precisavam de recursos para dar continuidade às suas produções, mas que não tinham garantias a oferecer aos bancos. A organização fundamentava-se na honestidade de seus cooperados, sem dar importância ao capital deles. Toda a movimentação financeira era feita por meio de depósitos. Com as sobras eventuais eram criadas reservas para enfrentar os momentos de incertezas.
Essa célula de cooperativismo alcançou um grande desenvolvimento no Rio Grande do Sul, desde sua implantação, chegando a dispor de uma cooperativa central com mais 50 cooperativas singulares filiadas. Ao longo dos anos, o modelo instituído pelo padre Amstad ganhou o Brasil e se popularizou especialmente nas camadas mais pobres. Até a sua morte, em 1938, ele viveu comprometido com o desenvolvimento social e econômico das comunidades locais.
Desde 2010, a cidade de Nova Petrópolis carrega o título de Capital Nacional do Cooperativismo e, em 2019, o padre Amstad foi oficializado o patrono do Cooperativismo de Crédito brasileiro.
