A Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras) iniciou o ano avaliando as iniciativas realizadas em parceria com o Banco Central do Brasil e planejando novas ações para 2025. Em 2024, foi implantado o projeto BC UNEVozes, que promoveu encontros para esclarecer dúvidas e processos, ampliando o canal de comunicação com o supervisor do cooperativismo de crédito no Brasil. Foram mais de 3.200 participantes, principalmente de cooperativas singulares independentes. Entre os temas dos cinco encontros online, com 15 representantes do Banco Central, foram debatidas questões sobre sustentabilidade, educação financeira, regulação e supervisão do setor, visando fortalecer o cooperativismo de crédito como um todo.
Entre as iniciativas que compõem o acordo de cooperação, o Banco Central participou com 46 servidores, entre palestrantes e participantes, de sete painéis durante o Concred – Congresso Brasileiro de Cooperativismo de Crédito, maior evento mundial do setor, realizado em agosto em Belo Horizonte (MG); e apoiou o projeto Integração Juventude, que levou 2.640 jovens, durante o Concred, a participarem de atividades de aprendizado sobre educação financeira e cooperativismo.
A Confebras também contou com apoio institucional do Banco Central na realização do Prêmio ProsperaCoop de incentivo a projetos de sustentabilidade realizados por cooperativas financeiras de todo País. Quatro especialistas do Banco Central foram voluntários na comissão julgadora, que avaliou 114 projetos, entre os mais de 150 inscritos, para selecionar os 12 vencedores (três em cada uma das quatro categorias: Meio Ambiente, Social, Governança e Finanças Sustentáveis).
Nessa primeira reunião de 2025, a Confebras apresentou, ainda, as novidades do BureauCoop, ferramenta que reúne, sistematiza e disponibiliza indicadores do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), a partir de dados oficiais do Banco Central, com apoio do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) na validação dos dados e metodologia. Novas funcionalidades serão desenvolvidas neste ano, ampliando o conteúdo informacional e a utilidade da ferramenta.
Participaram da reunião, pela Confebras, o presidente Moacir Krambeck; o vice-presidente Luiz Lesse; o diretor Celso Regis; a superintendente Telma Galletti; e os colaboradores analistas Edlane Melo, Ana Vandore Mata da Silva e Edson Saturnino da Cruz. Pelo Banco Central, participaram integrantes das áreas de Autorização, Educação Financeira, Regulação, Supervisão e BC Universidade: Marcelo Junqueira, Evaristo Donato Araujo, Ivens Arua Neves de Miranda, Joao Luiz Faustino Marques, Paulo Soares, Renato Kiyotaka Uema, Romeu Eugenio de Lima, Rommel Soares Ferreira Nogueira, Stanislaw Zmitrowicz, Uverlan Rodrigues Primo, Vinicius Simmer de Lima e Elvira Cruvinel.
Ano Internacional – Para 2025, proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Ano Internacional das Cooperativas, a parceria entre Banco Central e Confebras deve se intensificar, com novas edições e temas do projeto BC UNEVozes, com nova metodologia e mais interatividade, além do apoio institucional e da participação de representantes da instituição financeira no 5º Fórum Integrativo Confebras, que será realizado nos dias 16 e 17 de outubro em João Pessoa (PB).
O presidente da Confebras, Moacir Krambeck, avaliou como extremamente positiva a reunião e aguarda os encaminhamentos do Plano de Trabalho: “Deixo registrados meus agradecimentos pelo esforço do conjunto de pessoas do Banco Central e da Confebras. Tenho certeza de que esta parceria contribui muito para o cooperativismo se desenvolver com mais sustentação”.
Pesquisa – Antes de definir a programação das próximas edições do BC UNEVozes, a Confebras vai promover uma pesquisa entre as cooperativas para conhecer os principais temas que elas desejam debater: “Será essencial conhecermos as dores e necessidades que as cooperativas enfrentam para definir os temas mais urgentes”, pontuou o diretor Celso Regis.
O vice-presidente da Confebras, Luiz Lesse, reforçou a importância dos encontros do BC UNEVozes focarem em questões mais práticas e envolverem todos os níveis do ecossistema: “A pesquisa ajudará a vencer o desafio de construir uma agenda de temas adequada às demandas dos participantes”, assinalou.
Pelo Banco Central, Joao Luiz Faustino Marques, chefe-adjunto do Departamento de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central (Deorf), ressaltou a importância dos encontros realizados com as cooperativas no ano passado, principalmente para esclarecer e orientar sobre o conteúdo das mudanças regulamentares que entraram em vigor: “Tivemos, recentemente, um importante ciclo de normas impactando diretamente as cooperativas de crédito. E foi muito oportuno um dos temas abordar com o segmento a implantação dessas novas normas”, frisou.
Já Elvira Cruvinel, chefe Universidade Banco Central e coordenadora do Grupo de Trabalho para o Acordo de Cooperação Técnica com a Confebras, reforçou a oportunidade de novos temas justamente no Ano Internacional das Cooperativas: “Serão importantes esses encontros no Ano Internacional, para amplificar o debate sobre as necessidades que as cooperativas têm de orientação e informação num mercado cada vez mais tecnológico”, afirmou.
