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Livro apresenta trajetória da Cresol no cooperativismo financeiro

Promover conhecimento e reflexões acerca do cooperativismo financeiro é a proposta do livro “Saberes: Inovação, Relacionamento e Governança nas Cooperativas Cresol”, que acaba de ser produzido pela Confederação Nacional das Cooperativas Centrais de Crédito e Economia Familiar Solidária – Cresol Confederação, com edição da Editora Confebras. O livro de 432 páginas será lançado em breve e tem tiragem de 1,5 mil exemplares e distribuição gratuita para colaboradores e parceiros da Cresol. 

A obra é um compilado de artigos que inicia apresentando a trajetória da Cresol. O sistema criado há 25 anos na Região Sudoeste do Paraná (PR) tem uma atuação bastante concentrada no âmbito da agricultura. Ao longo dos anos, manteve a centralidade no segmento agro, porém ampliando o atendimento para outros públicos e áreas urbanas. Hoje a Cresol Confederação tem atuação em 18 estados, com 600 agências, 75 cooperativas, 4,8 mil funcionários, 630 mil associados e soma cerca de R$ 13 bilhões de ativos.  

O conteúdo do livro, no entanto, vai muito além de simplesmente contar a história da Confederação. Como o próprio título sugere, “Saberes” apresenta um conjunto de conhecimentos amplos e profundos, baseado em experiências vividas pelos dirigentes, colaboradores e parceiros da instituição. O resultado é um material rico, que contribui intensamente para a reflexão sobre o cooperativismo financeiro e o movimento cooperativista como um todo. É o que explica o presidente da Cresol Confederação, Cledir Assisio Magri, na entrevista a seguir: 

Gostaríamos que nos contasse um pouco sobre o conteúdo do livro, como ele foi dividido e quais os principais aspectos abordados. 

Entendemos que uma instituição precisa produzir conhecimento e reflexões, mas também sistematizar esses “saberes” para que eles não se percam. E uma das formas de se fazer isso é com a produção de um livro. O conteúdo da obra é bem abrangente, mas boa parte é resultado de um importante projeto que desenvolvemos em parceria com o Sescoop Nacional, que incluiu cursos e treinamentos, ações com jovens, entre outras iniciativas realizadas com funcionários, conselheiros e associados. Percebemos que esses projetos geraram um grande conhecimento não apenas para as cooperativas Cresol, mas para o cooperativismo financeiro de modo geral. A estrutura parte de uma reflexão mais interna, com artigos escritos pelos dirigentes sobre o atual momento do Sistema Cresol. E segue com um conjunto de reflexões de parceiros externos. 

Qual a intenção em lançar um livro sobre as cooperativas Cresol? 

O Sistema Cresol vive um momento de transformação, de reorganização da governança, reposicionamento de mercado e modernização do portfólio de serviços financeiros. E o livro é uma forma de demonstrar a maioridade do sistema, que por ser mais novo e menor, por muito tempo foi relativamente deixado à margem do processo. O livro nos credencia como instituição financeira perante associados e parceiros e nos coloca numa condição de maturidade, demonstrando que a Cresol é um sistema que vem crescendo e evoluindo.  

A primeira parte do livro conta um pouco da trajetória da Cresol. Na sua visão, qual é o segredo do sucesso do Sistema?
Acredito que ter muito claro o nosso foco de atuação, de manter essa característica essencial de atuar com a agricultura e o agronegócio, o que nos tornou referência no Brasil. Embora hoje a Cresol atue com públicos complementares, esse DNA nos ajuda a ser de fato um sucesso. Além disso, a relação e aproximação com a Confebras e a OCB também nos ajudaram a compartilhar, vivenciar e compreender melhor o movimento que os demais sistemas vêm fazendo no País. Um terceiro ponto é que essa grande mudança que o Sistema Cresol vem implementando em tecnologia, produtos, serviços, soluções financeiras, governança e de expansão para outras regiões contribui muito para o crescimento. O Sistema cresceu 40% em 2020, mesmo em um ano de pandemia. O quarto fator a que atribuímos esse sucesso é o jeito de ser da Cresol, tanto o modelo de negócio quanto os dirigentes prezam muito pela simplicidade, a proximidade e a transparência na relação com o cooperado. Temos percebido nas regiões onde estamos presentes que a comunidade enxerga essa característica como um grande diferencial. 

Qual o principal aprendizado que o leitor pode tirar do segundo capítulo, voltado aos temas da gestão e governança?
De forma geral, a principal mensagem que queremos transmitir para os leitores é que é possível cumprir com a função econômica das cooperativas dentro do Sistema Financeiro, mas também desenvolver iniciativas no âmbito social. Dá para ser cooperativa, ter o aspecto do negócio, da viabilidade econômica e, em paralelo, criar estratégias voltadas para jovens, crianças, mulheres, melhor idade e investir em educação financeira. As cooperativas têm esse papel na sua essência. Se numa ponta existe o aspecto econômico financeiro, na outra tem a dimensão social do que elas podem fazer para contribuir com a sociedade.   

O terceiro capítulo é dedicado a boas práticas desenvolvidas pelas cooperativas Cresol. Há ações que podem ser referência para outras instituições do ramo? 

Se pegarmos os últimos dois ou três anos, a Cresol foi uma das instituições financeiras que conseguiu impactar o maior número de pessoas com ações voltadas para a educação financeira. Inclusive, possuímos selo do Banco Central do Brasil que nos credencia para desenvolver ações neste sentido. Criamos também diversas ações coordenadas pelo Instituto de Formação do Cooperativismo Solidário – Cresol Instituto, em conjunto com o sistema como um todo, que ajudam a mostrar o que é possível fazer dentro do cooperativismo financeiro. Não dá para mencionar uma prática específica pois são muitas iniciativas, mas o projeto de formação voltado aos jovens é um exemplo de como a Cresol tem buscado aproximação com esse público, garantindo assim maior participação deles no dia a dia das cooperativas. Esta é uma questão fundamental porque o mundo clama pela participação não só dos jovens, como também das mulheres no movimento cooperativista. E a Cresol tem colocado essa questão na pauta, está na nossa estratégia criar cursos, viagens e todo um leque de ações para promover essa inclusão.  

Na sua opinião, o que esta obra representa para o cooperativismo brasileiro? Quais os “principais saberes” que ela irá transmitir? 

Entendo que nós precisamos enquanto militantes e participantes do movimento cooperativista escrever e falar mais sobre o cooperativismo financeiro. Ter um material sistematizado, bem elaborado e que vai ficar de legado para o movimento como um todo é uma contribuição muito importante. Conteúdos como esse proposto pelo livro poderão servir como fonte de pesquisa para o meio acadêmico ou para quaisquer pessoas que tenham interesse em se aprofundar sobre o assunto. O próprio título do livro, Saberes, sugere essa ideia – de que temos muita capacidade de produzir conhecimento e conceitos que possam nos guiar para o futuro, não apenas no caso das cooperativas da Cresol, mas de todos os outros sistemas. E, particularmente, tenho essa intenção de mostrar que o cooperativismo não se restringe à face econômico-financeira e que é possível ir muito além desse aspecto. 

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