Somos resultados das nossas escolhas, feitas parcialmente por influência do meio. No entanto, também podemos influenciar este mesmo ambiente. Onde houver egocentrismo, que levemos o altruísmo. Onde houver desunião, que implantemos a cooperação.
As diferentes gerações, vivem com diferentes estilos de vida. E todas elas podem, de algum modo, integrar aspectos cooperativos ao seu cotidiano. Hábitos são reflexos de comportamentos que, desencadeados por pensamentos, inicialmente foram engatilhados por estímulos. E como somos influenciados, mesmo sem percebermos, na mesma proporção, conscientemente, podemos contagiar.
A cooperação pura e desinteressada é contagiante, mas é preciso que alguém inicie, para que uma onda crescente de atos cooperativos seja formada. Ainda assim, na frenesi dos dias, podemos escolher com simples atitudes, sermos veículos da ação cooperativa.
Existem os que creem, e os que vão além. Estes são os discípulos, pois vivificam a doutrina cooperativista no dia-a-dia, nas mais distintas situações, seja com gentilezas ou na responsabilidade socioambiental. O olhar de compaixão ao morador de rua, o café da manhã oferecido àquele que dormiu no relento, são gestos cooperativos, que pode desencadear outras tantas ações, partindo tanto do beneficiado, quanto dos observadores.
Os princípios do cooperativismo são pluralistas, aglutinam-se às comunidades e fazem delas, exemplos de unimultiplicidade. Reúne preceitos que somente uma sociedade avançada no quesito moral e ético, consegue implantar integralmente. Se cada pessoa aplicar as matrizes dessa filosofia além das paredes das cooperativas, valorizarão a liberdade e a democracia, o respeito à decisão majoritária e a inclusão, anulando um dos males comportamentais humanos que é a exclusão. Se cada cidadão empoderar a autonomia humana, na forma de livre arbítrio, para propiciar o autoconhecimento, muitos se curariam das doenças modernas. Se, com presteza e paciência, cada esclarecido, em gesto educativo, formativo e informativo, deixar um livro no ponto de ônibus, ou ensinar gentilmente alguém sobre um assunto construtivo, assumiria papel de doador de conhecimento e forjaria em si, a satisfação por ter feito algo tão útil.
Se alguém externar o instinto solidário e colaborativo ao olhar o próximo e, pela ajuda mútua, unir pessoas no mesmo propósito, este será o elo da hipotética carona aos colegas do trabalho, ou entre o apoio à formação profissional nas comunidades menos favorecidas. A partir de simples gestos cooperativos, onde houver interesse pelo coletivo, haverá a contribuição para a prosperidade do vizinho.
Atitudes de matriz cooperativista, exercidas no cotidiano, geram resultados no universo de cada pessoa ativada pelos princípios, desse modo, posiciona os iniciados cooperativos como protagonistas da transformação em 360° das comunidades em que residem e convivem. Este é o contágio da cooperação, que sempre alcança e toca os bons corações deste mundo.