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Novas gerações no cooperativismo financeiro

As novas gerações chegam com força ao segmento das cooperativas de crédito

É necessário considerar que o público do cooperativismo vem se ampliando e se diversificando ao longo dos últimos anos e, por isso, é de extrema importância acompanhar essas transformações quando se pensa em investir em publicidade e inovações voltadas para os diferentes segmentos.

Exemplo disso é a reportagem divulgada pelo Sistema Ocepar, em fevereiro de 2018, informando que o maior sistema financeiro cooperativo do Brasil, o SICOOB, alcançou o marco de 4 milhões de cooperados em dezembro de 2017. Desse total, cerca de 30% são Millennials (também conhecidos como geração Y). Uma das causas para o aumento considerável da conquista nessa faixa etária se deve à maior difusão do sistema cooperativo no país por meio da propaganda e publicidade nas mídias tradicional e digitais e pela disseminação dos princípios e valores cooperativistas pelas cooperativas singulares nas comunidades de atuação, com a consequente arregimentação do público jovem que é sensível às propostas de cidadania, solidariedade e transformação da sociedade pela colaboração e pela cooperação coletiva. Some-se a esse esforço a transformação digital pela qual passam as instituições financeiras cooperativas.

Ainda em relação ao SICOOB, as transações em canais digitais já representam 71% do total de operações do sistema, denotando os avanços tecnológicos realizados, especialmente nos últimos três anos. Ou seja, em consonância com as tendências observadas no mercado financeiro, a nova geração “é a noiva da vez” que precisa ser conquistada com o apelo hightech, razão pela qual o Sistema, como estão fazendo as grandes instituições financeiras no Brasil e no mundo, investiu mais de R$250 milhões em tecnologia durante o ano de 2017, segundo matéria divulgada no TBN Notícias.

Outro exemplo desse esforço vem da Cooperforte, uma das maiores cooperativas de crédito urbano do País, com mais de 141 mil associados. A Cooperativa busca expandir seu quadro social através da transformação digital de seus produtos e serviços, facilitando as transações por meio de APP, site moderno e interativo, gamificação e educação financeira voltada para os jovens, sendo que 1/3 dos associados situa-se na faixa etária entre 21 e 40 anos.

Com relação ao crédito, observa-se também elevação na demanda, com crescimento superior a dois dígitos no SNCC, em 2017. Públicos de diversos segmentos estão interessados nos produtos de empréstimos oferecidos pelo cooperativismo financeiro. Exemplo disso é a atuação do sistema SICREDI, que no evento Show Rural Coopavel 2018, realizado de 5 a 9 de fevereiro, bateu recorde ao receber mais de 800 propostas, atingindo desempenho 65% maior que no ano anterior, conforme veiculado no Massa News, no último dia 19 de fevereiro.

Outra iniciativa que merece destaque é o Programa Cooperjovem 2018, uma parceria entre a Copacol e o Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), cujo propósito é despertar a prática do cooperativismo em jovens. Já neste ano reuniu educadores nos municípios de Cafelândia – SP e Goioerê – PR para divulgação da metodologia e aplicação, conforme notícia exposta pelo Jornal Integração. Esse tipo de iniciativa ajuda a fomentar o espírito cooperativista nas gerações mais novas e sedimenta o caminho para o crescimento do cooperativismo de crédito no futuro próximo.

Também nessa linha de ação, a Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito – CONFEBRAS vem propagando o projeto CooperaEduca, direcionado para crianças com idade entre 6 e 12 anos, que tem o intuito de difundir e fomentar a educação cooperativista e financeira nessa faixa etária. A capacitação da nova metodologia foi realizada em 29 de janeiro deste ano, tendo a participação de 20 profissionais de cooperativas filiadas, presentes em diversos estados brasileiros. O projeto já alcançou mais de 36 mil crianças em todo o Brasil.

O futuro do cooperativismo de crédito brasileiro passa também pela conscientização das novas gerações sobre a importância do cooperativismo como modelo econômico colaborativo e democrático, no qual todos ganham, cuja capacidade de gerar inclusão social e financeira pode mudar o mundo e transformar, para melhor, as relações humanas.

Por Kedson Macedo
Presidente da Confebras

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